O Head of Business Development Financial Services da Claranet Portugal destaca a importância dos vários canais de contacto disponíveis para a banca criar e disponibilizar novos serviços aos consumidores.
"Os clientes de serviços bancários e de seguros passaram a estar mais conectados aos meios digitais e, como resultado, [essa ligação] tornou também mais frequente os contactos com a gestão das suas contas".
Em declarações publicadas na Revista Risco de outubro, no âmbito de um artigo sobre tecnologia e o setor financeiro, Nuno Sousa afirmou que as instituições financeiras têm atualmente na tecnologia uma solução poderosa para aumentar a oferta de novos produtos financeiros, bem como para aumentar a rentabilidade do seu negócio.
O Head of Business Development Financial Services da Claranet Portugal refere que, ao criarem novos canais digitais, as instituições financeiras permitiram que os consumidores aumentassem o seu interesse na subscrição de produtos que podem ser subscritos ou contratados online. E acrescenta:
Do mesmo modo, os pagamentos via equipamentos móveis, como o telemóvel e os smartwatch, vão continuar a crescer, tal como o acesso mais frequente às contas através das apps móveis instaladas nos smartphones e nos tablets.
Nuno Sousa considera que a maior utilização dos canais digitais se irá manter como uma das preferências dos clientes da banca e seguros no período pós-pandemia, em contraponto à visita física aos balcões dos bancos e das seguradoras, que deverá manter uma adesão cada vez mais reduzida.
Mas para que as instituições financeiras mantenham – e aumentem – a sua importância num mundo digitalizado, o representante da Claranet defende que a estratégia deverá seguir pela disponibilização mais frequente de novos produtos associados às trends tecnológicas, bem como a produtos de acesso e uso exclusivo através da app e do site das instituições.
Por fim, Nuno Sousa chama a atenção para a necessidade de os bancos e seguradoras acautelarem diversos riscos associados à utilização em grande escala dos seus serviços por via online: a atualização tecnológica, a cibersegurança e, com ela, também a consciencialização dos clientes, bem como a questão da infoexclusão, já que “existe uma faixa etária que ainda sente muitas dificuldades em aceder a estes serviços via online.”
in Revista Risco n.º22, Outubro 2021