Claranet debate principais caminhos e soluções para o futuro tecnológico da banca

Cibersegurança, regulamentação, inovação e ética estão entre os principais desafios debatidos pela Claranet durante o 5º Grande Encontro Banca do Futuro, organizado pelo Jornal de Negócios.

Coube ao Managing Director da Claranet Portugal, António Miguel Ferreira, fazer a nota de abertura no 5º Grande Encontro Banca do Futuro, durante a qual defendeu uma relação equilibrada entre mudança e transição, entre sustentabilidade e investimento, assumindo a tecnologia digital como fator essencial para assegurar o futuro do setor financeiro.

Banca do Futuro 2022 - Claranet Portugal

A Inovação no setor da banca foi um dos temas em destaque durante o evento, servindo de pretexto ao debate que abordou quatro dos principais desafios que se colocam ao futuro deste setor - inovação, cibersegurança, ética e regulamentação.

Nuno Sousa, Financial Services Director foi o representante da Claranet Portugal neste painel, que contou ainda com a participação de Afonso Eça, Director Executivo do Centro de Excelência para a Inovação e Novos Negócios do BPI, João Fonseca, Consulting Banking Lead Partner na Deloitte e Manuel Requicha Ferreira, Sócio da Cuatrecasas.

Sobre o tema da inovação, o representante da Claranet começou por destacar as cinco tendências que a empresa preconiza para os próximos anos para acompanhar uma espécie de “vertigem digital” em que a banca se está a mover: aposta nas SuperApps; modelos de atuação cada vez mais Customer Centric; atualização, evolução e integração dos sistemas legacy; utilização crescente das ferramentas de Inteligência Artificial; e uma atuação em modo de Zero Trust ao nível dos acessos e da cibersegurança.

Se a Inteligência Artificial está já presente em muitas das operações da banca e nos processos de tomada de decisões, através de ferramentas de automação, Nuno Sousa alertou para a necessidade de esta evolução tecnológica ter sempre em conta questões éticas e regulamentares. A este nível defende que os legisladores e os reguladores devem acompanhar cada vez mais a velocidade da evolução tecnológica.


A Inteligência Artificial é uma tendência, mas há que perceber como é que a aplicamos - porque tem de haver dados, temos de saber trabalhá-los e perceber quais são as necessidades do negócio.

Nuno Sousa
Financial Services Director

Da Cibersegurança à regulamentação

O Financial Services Director da Claranet Portugal defendeu também a importância de as instituições bancárias alargarem o âmbito da sua atuação ao nível da cibersegurança e da proteção dos sistemas de TI, perante um novo paradigma de cibercrime.

Nuno Sousa falou de uma verdadeira indústria que substitui os antigos grupos de cibercriminosos que se organizavam para um ciberataque pontual:

É uma indústria que está montada, que gera milhões (para não dizer biliões), e falamos de grupos e de empresas que têm técnicas muito avançadas, não raras vezes mais sofisticadas do que as das próprias instituições.


Claranet - Sonae

Sonae FS acelera inovação
na Cloud com Managed Services
e proteção em SOC da Claranet

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A solução avançada pelo representante da Claranet passa pela partilha de informação entre instituições, pelo trabalho conjunto entre parceiros e, acima de tudo, pela formação de talento e das pessoas e utilizadores do próprio banco, “explicando-lhes como agir preventivamente e responder de forma ágil nessas situações”.

Por fim, Nuno Sousa falou da necessidade de existir regulamentação específica que estruture o mercado financeiro num contexto de inovação e evolução tecnológica, dando como exemplo o cenário atual das cripto moedas e o compasso de espera que Estados e reguladores fizeram antes de atuar sobre este setor:

"O problema dos criptoativos foi exatamente o “wait and see”. Os criptoativos fazem sentido, a tecnologia também, mas não podem estar desgarrados da parte regulamentar e organizacional."

O Financial Services Director da Claranet defendeu que o foco das autoridades não poderá estar apenas na tributação, mas na criação de regras que permitam às organizações utilizar a tecnologia de uma forma inovadora, mas segura para os clientes.