Bigtechs e fintechs estão entre os maiores desafios da banca tradicional

Nuno Sousa, Head of Business Development Financial Services - Claranet Portugal

Nuno Sousa
Head of Business Development Financial Services
Claranet Portugal

A mesma tecnologia que está na base dos principais desafios à dita banca tradicional pode também servir como resposta a esses desafios. Nuno Sousa, Head of Business Development Financial Services da Claranet, explica como.

Os principais desafios que se colocam à banca tradicional coincidem na utilização da tecnologia como ferramenta para inovar e agilizar a entrega de novos produtos e serviços, seja da parte das chamadas bigtechs – algumas das maiores empresas de TI que começam a apostar no setor financeiro -, seja da parte da fintechs.

Em declarações publicadas num novo artigo do Jornal de Negócios dedicado à Banca do Futuro, Nuno Sousa traça alguns dos cenários que a banca poderá enfrentar nos próximos anos, bem como as formas de responder às necessidades de uma nova geração de clientes.

“De um lado temos as chamadas bigtechs, cuja dimensão e escala que conseguem atingir está muito associada a uma utilização ágil das TI, Big Data e Data Analytics” explica o representante da Claranet, para quem a dimensão das empresas não representa o único fator de preocupação que a banca deverá ter:

De outro lado temos o fator da especialização que as empresas fintech representam. Esta tendência de dissociação de parte do negócio da banca tende a aumentar ainda mais – pagamentos, transações, gestão de crédito malparado -, e há mesmo um conjunto de especializações que podem delapidar os negócios da banca tradicional.

Balcões e soluções online

Claranet - Financial Services

A redução do número de balcões físicos e o aumento das soluções de acesso online aos produtos e serviços bancários é outro dos cenários que Nuno Sousa considera desafiante. Se a tecnologia permite hoje ter uma frequência muito superior e fazer praticamente todas as operações realizadas num balcão, a verdade é que há uma componente humana que a banca deverá contemplar.

“O maior desafio passa por converter um tipo de negócio que existia nos balcões e que não existe online, que é a correlação muito direta entre os gestores de conta e os clientes" – defende Nuno Sousa, explicando que essa relação de proximidade ajudava a potenciar a aquisição de alguns produtos: PPR, investimentos, entre outros. E conclui:

Acredito que uma das soluções possa passar pela criação de espaços mais dinâmicos, com outras valências, que promovam uma proximidade maior entre o cliente e a instituição.

in Jornal de Negócios
As ameaças que vêm das fintechs e da big techs
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