António Miguel Ferreira defende o conhecimento como principal ativo no mercado dos serviços de TI

António Miguel Ferreira, Managing Director Claranet

Em entrevista ao Jornal Público, o Managing Director da Claranet Portugal faz um paralelismo entre o boom das telecomunicações no final do Século XX e o potencial de crescimento dos serviços de Tecnologias da Informação (TI) para as empresas.

A participação de António Miguel Ferreira no lançamento do primeiro fornecedor independente de acesso à Internet em Portugal – a Esotérica, em 1994 – serviu de mote para uma entrevista ao Jornal Público, dedicada também à crescente importância dos serviços de TI para as empresas.

Nessa entrevista o Managing Director da Claranet Portugal fala da forma como os pequenos Internet Service Providers (ISP) tiveram de se converter para fornecedores de serviços de TI, em resposta à concorrência das grandes empresas de telecomunicações, fazendo o paralelismo com o cenário atual deste setor.

Segundo António Miguel Ferreira, são agora as empresas de telecomunicações a ter necessidade de diversificar a sua atividade para o mercado do IT, “a ter a vida mais difícil”, embora sem o risco de se caminhar para uma concentração, tal como aconteceu com as telecoms.

Qual é o racional de um operador de comunicações? Somos grandes e construímos uma oferta concorrente. Qual é o racional de um operador de IT como nós? O nosso valor acrescentado são os serviços.

António Miguel Ferreira explica que o mercado das Tecnologias de Informação está longe de ser apenas um negócio de escala, já que existem muitas áreas de TI, exigindo uma inovação constante e a formação permanente de recursos humanos especializados – “cada vez mais escassos”.

“Nas telecomunicações, a matéria-prima é a tecnologia de rede. No IT, o investimento é em pessoas, porque é preciso ter os melhores e ninguém vai ter o monopólio das pessoas” - defende o responsável máximo da Claranet Portugal.

António Miguel Ferreira falou ainda da estratégia da Claranet para a área da Cloud em Portugal que, nas suas palavras, vale cerca de 2700 milhões de euros anuais a nível empresarial. A empresa vai apostar ainda mais nos serviços fornecidos sobre estas plataformas e pretende reforçar a sua aposta no mercado das empresas de média dimensão, com o objetivo de replicar o sucesso que já possui no setor das grandes empresas.

in Público (acesso pago)