O papel ativo dos fornecedores de TI durante o pico da pandemia serviu de mote à entrevista que António Miguel Ferreira concedeu à Executive Digest, na qual fala das mudanças nas empresas portuguesas e no que falta fazer ao nível da transformação digital.
Com base na experiência da Claranet durante esse período, António Miguel Ferreira destacou o aumento da procura registado para as soluções de Cloud, Cibersegurança e Workplace fornecidos pela empresa. Em sentido contrário esteve a procura por soluções de Datacenter on-premises (in-house), normalmente designadas por “IT tradicional.”
Face a este cenário, o Managing Director da Claranet reconhece que as empresas portuguesas estão hoje “muito mais bem preparadas para teletrabalho do que há seis meses”, embora ressalve que falta ainda concretizar grande parte do processo:
Ainda não houve tempo para a verdadeira transformação, com uma análise da importância estratégica que as TI têm em cada negócio, em cada empresa, para discutir, elaborar, aprovar e implementar um plano de verdadeira transformação digital.”
A solução para concretizar esta transformação, segundo António Miguel Ferreira, está na alteração do modelo de investimento nas TI que as empresas têm feito nos últimos 15 anos. Em vez de decidir investimentos em ciclos de três ou quatro anos, o indicado é agora criar ciclos anuais ou mais curtos, que permitam adaptações com maior flexibilidade face às necessidades que vão surgindo. “É preciso transformar o papel das TI nas empresas. É preciso recorrer mais à Cloud e a modelos ágeis de serviços” defende.
Questionado sobre o chamado “novo normal” das empresas após o período mais crítico da Pandemia, o Managing Director da Claranet Portugal afirma que isso significa aumentar o recurso à tecnologia por parte das pessoas, das empresas privadas e instituições do setor público:
A tecnologia alcançou um estatuto de pilar estratégico numa grande parte da nossa economia e sociedade. A tecnologia salvou a economia de um colapso.”
António Miguel Ferreira falou ainda do “privilégio” da Claranet em “estar do lado da economia que pode ajudar as empresas a transformarem-se digitalmente e a ultrapassarem os desafios mais rapidamente”, destacando, em jeito de conclusão, o papel que a empresa está a ter na otimização dos custos das empresas.
Aceda à entrevista integral à Executive Digest, aqui.