Alexandre Ruas: “a inovação tem de ser permanente”

Da inovação interna à co-inovação, da visão à gestão dos projetos: o Executive Director da Claranet participou na segunda Talk do Prémio Nacional de Inovação e explicou porque a inovação deverá ser contínua nas organizações.

Alexandre Ruas - Prémio Nacional de Inovação

Alexandre Ruas
Executive Director - Claranet Portugal

Alexandre Ruas participou na segunda Talk de promoção do Prémio Nacional de Inovação, realizada na Nova SBE, Knowledge Partner do PNI, sob o tema «Future Tech: o papel da inovação na evolução das empresas e do País», falando das abordagens mais eficazes que as organizações de todas as dimensões deverão seguir para continuar a evoluir.

Para o Executive Director da Claranet Portugal, quando falamos de inovação não falamos apenas de tecnologia e, na sua opinião, essa terá de ser a abordagem de base a este tema. Depois, há também que distinguir os dois principais âmbitos da inovação dentro de uma organização, dando como exemplo a própria Claranet:

Fazemos inovação para dentro, para nos tornarmos mais resilientes, mais competitivos e mais sustentáveis para melhorar os nossos rácios financeiros e para sermos mais eficazes; e depois temos uma outra inovação (…) que é a co-inovação, que é inovar, ou ser um veículo que aporta valor aos nossos clientes e aos nossos parceiros.

Quando questionado sobre a fórmula mais eficaz para as empresas incentivarem a inovação, Alexandre Ruas defendeu não existir um caminho único, mas diferentes soluções de acordo com o ADN de cada organização, a sua dimensão, objetivos e recursos disponíveis.

No entanto, defende a adoção de dois princípios em todas as organizações que pretendam inovar: há que ter uma visão que inclua a inovação e a associe a fatores como a sustentabilidade e o futuro, de forma a acautelar a concorrência; e há que adicionar a liderança, uma vez que terá de haver quem lidere a aplicação dessa visão e o próprio processo de inovação. “Depois, cada empresa pode, adaptando à sua realidade, criar um plano operacional” indica Alexandre Ruas, falando, uma vez mais, do exemplo da Claranet.


Nós criámos uma área - a Claranet Labs -, liderada pelo Sérgio Silvestre, mas os recursos não residem todos debaixo da Claranet Labs. E isto foi uma decisão de gestão, porque a inovação tem de acontecer em todos os tentáculos da nossa organização.

Vídeo Completo: 2ª Talk Prémio Nacional de Inovação> “Future Tech: o papel da inovação na evolução das empresas e do País”

Independentemente da adoção destes princípios, o Executive Director da Claranet defende que não poderá haver inovação sem budget ou sem uma coordenação transversal a todas as áreas de uma organização. E apoia, por outro lado, o lugar à experimentação e a tolerância ao erro.

Durante esta Talk do Prémio Nacional de Inovação, Alexandre Ruas falou ainda da importância do tempo nos processos de criação e aplicação dos projetos de inovação. Para o representante da Claranet, “a inovação também leva muito tempo”.

A inovação não pode ser só um balão de ar, que se esvazia; tem de ser permanente. Por isso mesmo temos de ser persistentes na inovação. Isto tem de ser monitorizado de vários ângulos e a seu tempo – porque se tiver de ser para ontem não vamos ter o reconhecimento daquilo que foi o trabalho meritório.

Além de Alexandre Ruas, o evento contou ainda com a participação de Teresa Sousa, Manager do Center of Excellence for Innovation and New Business do BPI, Sílvia Garcia, Vogal Executiva da ANI – Agência Nacional de Inovação e Fernando Resina da Silva, Sócio Responsável pela área de PI Transacional da Vieira de Almeida.

Iniciativa conjunta da Claranet, do Jornal de Negócios e do BPI, em parceria com a Nova SBE, na qualidade de Knowledge Partner, e com a COTEC como parceiro institucional, o Prémio Nacional de Inovação tem como principal objetivo identificar e reconhecer projetos que contribuam para a inovação e para a transformação digital das organizações em Portugal.

Prémio Nacional de Inovação