Ganhar a aposta do Edge Computing

O mundo dos negócios está cada vez mais orientado para os dados: as empresas geram-nos, trabalham-nos e conseguem tomar decisões mais rápidas e adaptadas aos seus clientes. Mas como dar resposta a este crescimento?

Valter Fernandes - Claranet Portugal

Valter Fernando
Senior Business Developer - Enterprise Technology
Claranet Portugal

Os dados são cada vez mais gerados no local onde as pessoas se encontram e não nos datacenters, nas clouds ou nos PC. E se adicionarmos a este cenário a tecnologia da Internet of Things (IoT), a tendência sai reforçada: ao basear o seu funcionamento no posicionamento de sensores por todo o lado, sempre a gerar dados, a IoT torna essencial dispersar pelos limites das infraestruturas sistemas com capacidade de processamento, mais próximos dos locais onde os dados são criados, dispensando o processamento posterior desses mesmos dados.

A verdade é que estamos já a assistir a uma verdadeira revolução na conectividade, protagonizada por uma profusão de dispositivos conectados - sobretudo os Mobile 2 Mobile.

Esta conectividade de dados em grande escala torna necessária uma maior largura de banda, que está já a ser preparada com a introdução do 5G. Mas… e em termos de infraestruturas?

Além da necessidade de uma maior capacitação e escalabilidade das infraestruturas on-premise, de migrações para a Cloud e de estratégias de Cloud híbrida, juntamos agora mais um elemento: o Edge Computing, que surge como uma nova camada a seguir com toda a atenção pelos decisores.

Computing

De forma simples e rápida, a Edge Computing pode ser vista com o contorno daquela nuvem que todos imaginamos quando falamos em Cloud; numa perspetiva mais técnica, por outro lado, podemos assumi-la como uma arquitetura descentralizada e distribuída que coloca a infraestrutura mais próxima, ou mesmo integrada na origem dos dados.

Melhor tratamento dos dados

A tecnologia de Edge traz consigo promessas aliciantes para as organizações no tratamento dos dados e na analítica, ao contribuir para uma melhor gestão dos recursos e para o reforço da conectividade, prevenindo que eventuais falhas locais afetem o sistema global.

A segurança é também um dos tópicos chave no conceito Edge Computing, no sentido em que ajuda a distribuir os dados de certificados, chaves e tokens por múltiplos nodes (nós, ou máquinas usadas num sistema de Edge). Na base desta tecnologia, cada ponto de dados passa a ter requisitos de privacidade e de segurança exclusivos.

Estes são apenas alguns benefícios que o Edge traz para dar resposta à evolução tecnológica, mas para as organizações, no final do dia, continua a ser o investimento envolvido o grande tópico. Neste ponto, as diversas visões são convergentes ao assumir que, à medida que os dados são processados e transferidos para as gateways (máquina/porta de saída da informação) ou edge, os dispositivos tornar-se-ão progressivamente mais simples e baratos!

A constante evolução tecnológica obriga as empresas a ter a sua infraestrutura de rede como prioridade. O caminho vai sempre passar por estratégias que garantam a maior multiplicidade possível de recursos de computação e uma capacidade de armazenamento de dados otimizada. Resta às organizações acompanhar essa evolução com parceiros de confiança, cuja experiência e know-how ajudem a tornar os investimentos nas TI em apostas ganhas.

Written by Valter Fernando - Senior Business Developer - Enterprise Technology

Com mais de 15 anos de experiência na área das IT, Valter Fernando possui background em vendas e consultoria, principalmente na área de soluções tecnológicas de Datacenter e Cloud.
É desde setembro de 2020 Senior Business Developer na área de Enterprise IT na Claranet Portugal.
Além de várias certificações em IT, possui uma Pós-graduação em Gestão de Empresas pela AESE, Licenciatura em Psicologia Social e das Organizações pelo ISPA e Mestrado Integrado na Universidade de Lisboa.