A Cloud mudou definitivamente a forma de conceber e gerir as aplicações. As Web APIs assumem um novo papel de relevo na agilização destes processos.
Pedro Mourão Martins
Solutions Architect | Claranet Portugal
O desenvolvimento de aplicações afasta-se cada vez mais das arquiteturas monolíticas, baseadas na concentração e na partilha de recursos numa única máquina, e está sobretudo a assumir modelos descentralizados na Cloud, numa lógica de pequenos blocos de serviços e eventos que criam – ou acrescentam – funcionalidades a uma determinada solução.
Essa elasticidade e facilidade de processos coloca, no entanto, novos desafios que importa contemplar e adequar aos processos de desenvolvimento e de integração: da mesma forma que é possível potenciar as capacidades das plataformas de Cloud, ao nível da flexibilidade de utilização e da gestão, é também essencial garantir a proteção das aplicações contra falhas de funcionamento e de segurança.
Alguns aspetos a ter em conta passam assim por criar processos de resiliência contínua nas aplicações, com implementações automatizadas e planeadas e uma monitorização permanente de todo o sistema.
Neste contexto, a utilização das chamadas Web APIs associadas a Microserviços marca uma das principais tendências neste domínio. Ao decompor o processo de desenvolvimento das aplicações em várias instâncias, realizadas em paralelo e de modo assíncrono, estas APIs vão garantir a comunicação entre as diferentes aplicações e os serviços a elas associados, servindo de interface para os developers adicionarem novas instâncias, de acordo com as necessidades.
Arquitetura RESTful
Quando falamos de flexibilidade e elasticidade na criação de Web APIs para desenvolvimento e integração de aplicações, a arquitetura REST (Representational State Transfer), ou RESTful, surge como uma das principais opções. O seu princípio agnóstico garante a independência em relação à plataforma em que é usada e a comunicação entre várias máquinas e aplicações, usando um protocolo de mensagens comuns, ao mesmo tempo que separa as componentes de implementação no cliente e no servidor, para que qualquer alteração de código numa das componentes possa ser executada sem afetar a operação da outra.
Outras vantagens da utilização desta arquitetura para a criação de Web APIs passam por uma maior eficiência no desenvolvimento, com menor latência, custos de desenvolvimento mais baixos, flexibilidade dos controlos de segurança ou uma monitorização reforçada das APIs durante todo o processo.
AWS e Microsoft são dois dos principais players a oferecer capacidades de desenvolvimento com integração de RESTful nos processos de criação e integração de aplicações baseados na Cloud. Seja através do Amazon API Gateway ou em plataforma Cloud Azure, os developers podem ter acesso a um conjunto de serviços disponibilizados nas próprias plataformas, que agilizam os processos de criação e implementação, bastando aos profissionais optar pela linguagem de código a usar - Javascript, C Sharp, Java, Python, Type Script, Go, entre outros.
A opção pelo FaaS
À flexibilidade que estas plataformas de Cloud oferecem na criação de APIs, Amazon e Microsoft adicionam a opção por uma arquitetura de Function as a Service (FaaS), que agiliza os processos de criação, execução e gestão das aplicações sem necessidade de as organizações atuarem sobre as infraestruturas.
Esta abordagem Serverless, a partir de modelos de execução por eventos, aumenta a agilidade dos profissionais na hora de desenvolver ou atualizar as aplicações, libertando-os para a escrita do código e para a criação de mais valor aos negócios.
A oferta de Applications Development da Claranet Portugal é a camada extra de flexibilidade que falta às organizações para optar pelo desenvolvimento de aplicações baseadas em Web APIs. A juntar às capacidades das plataformas AWS e Azure, o know-how e a experiência da Claranet neste tipo de projetos permitem encontrar as melhores soluções para as necessidades específicas, independentemente do fabricante e da plataforma usados.
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