Datacenters nacionais, a melhor solução para alojamento

Seja usando a cloud ou serviços de alojamento tradicional, organizações de todas as dimensões estão a adotar o alojamento das suas aplicações em datacenters externos como forma de se adaptarem às exigências dos ambientes de TI modernos. A proximidade entre o datacenter e o cliente é um aspeto cada vez mais importante na escolha do fornecedor ideal.

A cloud funciona eficazmente como uma abstracção da realidade, mas não podemos esquecer que na sua base existe uma realidade de infra-estruturas de suporte que tornam a cloud possível. As infra-estruturas mais essenciais são os datacenters onde se alojam os sistemas que suportam as plataformas cloud.

Seja em cloud ou utilizando serviços de alojamento mais tradicionais, a necessidade de serviços de alojamento em datacenters nacionais está em crescimento constante.

Dos 35 datacenters que a Claranet tem actualmente em operação por toda a Europa, 5 encontram-se em Portugal. Nestes datacenters a Claranet disponibiliza serviços aos clientes que vão desde colocation, alojamento de servidores e equipamentos, até serviços de cloud pública, privada ou híbrida.

A Claranet Portugal cresceu de dois para cinco datacenters nos últimos anos para responder ao crescimento das solicitações de serviço de novos clientes e sistemas. Trata-se da maior rede de datacenters disponível no território nacional para serviços de alojamento. Todos os datacenters estão integrados no backbone europeu de fibra ótica da Claranet, com ligações directas de alto débito aos backbones de Internet e aos maiores pontos de peering como o LINX (London Internet Exchange), France-IX (Paris), AMS-IX (Amesterdão) e GIGAPIX (Lisboa).

Esta rede inclui dois datacenters no centro de Lisboa, dois datacenters na zona metropolitana do Porto e um datacenter em Faro, e permite que os clientes escolham o datacenter mais favorável geograficamente aos seus objectivos. Desta forma esta rede de datacenters permite também a construção de soluções de disaster recovery com dispersão geográfica, por exemplo um sistema em produção no Datacenter Lisboa 1 pode ter uma réplica pronta a entrar em funcionamento no Datacenter Porto 2.

Performance: a importância da latência
Existem vários factores críticos na escolha de um datacenter. A proximidade geográfica é um desses factores e apresenta várias vantagens. Em primeiro lugar a rapidez de acesso.

A latência mede o tempo que os pacotes de dados demoram a chegar ao seu destino. Com um datacenter próximo, os utilizadores vão sentir menor latência no acesso às suas aplicações. Se os principais utilizadores das aplicações ou websites de uma organização se encontrarem no território nacional, a velocidade de acesso pode ser significativamente melhorada se usar um datacenter nacional para alojamento. Um utilizador em Lisboa a aceder a uma aplicação alojada em Nova Iorque vai demorar mais de 100 milissegundos ao qual acrescenta a latência do acesso Internet que estiver a utilizar no seu local. Aceder à mesma aplicação num datacenter em Portugal pode ser feito com latências inferiores a 10 milissegundos. Isto é especialmente critico para aplicações interativas. Jogos, telefonia sobre IP, videoconferência e informação de mercados financeiros são exemplos de aplicações que tradicionalmente requerem baixas latências. Mas os ricos ambientes aplicacionais modernos que trocam constantemente informação com o utilizador final estendem estas necessidades a grande parte de aplicações web actuais.

Em contraste existem situações onde é mais indicado utilizar um datacenter distante. Por exemplo numa solução de Disaster Recovery é importante o datacenter secundário, onde se encontram os sistemas de recuperação, se encontrar a uma distância significativa do datacenter principal de modo a minimizar o risco geográfico, em caso de catástrofe que afecte de forma generalizada a zona onde se encontra o datacenter principal. O norte de Portugal, uma zona com mínimo risco sísmico, é tipicamente utilizado para a alojar sistemas de recuperação em ambientes de Business Continuity.

Em certos casos para utilizadores dispersos por várias áreas geográficas pode fazer sentido optar por uma arquitectura distribuída utilizando uma Content Distribution Network (CDN) que distribui os conteúdos por vários datacenters.

Datacenters eficientes
O elemento essencial da organização de um datacenter é o bastidor/armário de 19 polegadas. Nestes suportes são colocados todos os equipamentos alojados. Apesar das características standardizadas, definidas em várias normas internacionais, existe uma grande variedade de equipamentos no mercado, com características diversas em termos de dimensões, acessórios, organização de espaço interno e ventilação. Para a Claranet era importante definir um padrão que permitisse uma eficiente gestão do espaço e que respeitasse as melhores práticas definidas nos standards internacionais de qualidade e gestão de datacenters, tais como o ANSI/TIA-942 e BICSI.

Uma parceria de longa data com a Olivetel levou ao desenvolvimento de modelos de armário bastidor específicos para os datacenters da Claranet. Estes modelos, da linha Olirack Data Center com várias configurações de espaço, portas e componentes auxiliares, permitiram à Claranet harmonizar as condições de gestão do espaço em todos os datacenters.

Com um standard de bastidores é possível optimizar factores críticos para a gestão eficiente dos datacenters, mas que muitas vezes são descurados. A utilização das mesmas estratégias de encaminhamento de cablagem em todos os datacenters permite uma uniformização dos processos que facilitam as operações de mudança, expansão e gestão de alterações. Adicionar novos circuitos energéticos, ou uma nova ligação redundante a um backbone internacional de internet, passam a ser actividades que podem ser realizadas em menor tempo e sem erros. Todos os cabos são conduzidos sobre piso elevado através de esteiras separadas para cablagem de telecomunicações (fibra óptica, coaxial ou par trançado) e eléctrica.

O uso generalizado dos mesmos acessórios auxiliares, como réguas de energia inteligentes, que permitem aos clientes de alojamento controlarem e monitorizarem remotamente cada tomada de energia que alimenta os seus equipamentos, facilitam o aprovisionamento de novos clientes com rapidez.

A rentabilização comercial também é um fator importante que não pode ser descurado. A possibilidade de manter uma oferta comercial flexível com várias opções de bastidores, por exemplo bastidores com uma, duas ou três portas, permite responder às solicitações dos clientes para disporem de um espaço privado e restrito dentro de um datacenter partilhado.

Climatização: a chave para um datacenter eficiente
Um dos componentes mais críticos na gestão de um datacenter é o controlo climático. Em datacenters como os da Claranet, os clientes exploram os seus sistemas realizando as operações mais exigentes, desde ambientes de virtualização até cálculo científico e processamento de big data. Para se manter uma temperatura ótima entre os 20 o a 23o é necessária uma infra-estrutura complexa de ventilação e arrefecimento (AVAC) capaz de operar em condições contínuas, sem falhas e dimensionada de forma a conseguir suportar o enorme volume de calor gerado por todos os equipamentos.

Os sistemas de climatização dos edifícios são compostos por equipamentos centrais de geração de frio e unidades climatizadoras nas salas técnicas, sempre com configurações redundantes N+1. São constantemente supervisionados o grau de carga de cada sala com a finalidade de estimar as necessidades de climatização e actualizar os equipamentos necessários para manter as condições adequadas. Toda a infra-estrutura está ligada ao sistema de supervisão centralizado SCADA que permite monitorizar desde o Centro de Operações tanto o estado do sistema como a existência de alguma anomalia.

Para garantir a melhor eficiência nesta infra-estrutura é extremamente importante o desenho cuidado na disposição das alas de bastidores, de forma a estarem integradas entre si e de acordo com a infra-estrutura AVAC de cada sala. A Claranet trabalhou com a Olivetel para definir a configuração ótima de dimensões, disposição e localização das zonas de ventilação de cada bastidor Olirack Data Center, de forma a optimizar a condução de ar em todo o datacenter. Todos os standards de referência de construção de datacenters, como o ANSI/TIA-942, recomendam uma organização eficiente do espaço com separação das várias alas de bastidores em ilhas de ar quente e frio. Esta organização é conjugada com a disposição correcta dos equipamentos dentro de cada bastidor, para que a área de expulsão de calor, tipicamente na traseira dos servidores rackmountables, esteja sempre apontada para o corredor onde é feita a recolha de ar quente.

Para além da eficiência genérica no controlo da climatização, estas medidas têm um impacto directo nos custos, dado que otimizam a eficiência da infraestrutura AVAC, permitindo uma poupança directa nos custos de operação. O PUE (Power Usage Effectiveness) é a medida universal para avaliação da eficiência energética de datacenters e mede o ratio entre as necessidades de arrefecimento dos equipamentos (servidores, storage, switches, routers) e o consumo de energia dos mesmos equipamentos. Com estas medidas consegue-se minimizar o PUE de forma a garantir o mais baixo custo operacional. Isso significa que a factura total do cliente será menor que os custos que teria se operasse em datacenters menos eficientes.

Segurança e controlo centralizado
O NOC (Network Operations Center) da Claranet e a unidade responsável pela monitorização, gestão e controlo operacional dos 5 datacenters em Portugal. O NOC monitoriza todos os componentes, sistemas e serviços como climatização, vigilância, acesso físico e lógico, e toda a infra-estrutura de routing, switching, armazenamento, backup, balanceamento de carga, servidores. O sistema de ticketing regista todas as tarefas e serviços efectuados, administração de sistemas, incidentes e gestão de alterações e permite um controlo detalhado sobre os tempos de resposta, disponibilidade e Service Level Agreements. Os Datacenters da Claranet possuem certificação ISO 9001 (Qualidade) e ISO 27001 (Segurança).

Todos os datacenters da Claranet obedecem a normas restritas de controlo de acesso físico, sendo o acesso possível apenas a elementos com autorização expressa prévia da Claranet. Todos os acessos são registados individualmente com a identificação de cada pessoa, à entrada e à saída, mantendo-se um registo seguro, conforme o Manual de Operações, das pessoas que acedem ao edifício, das pessoas que acedem às salas e da entrada e saída de material. Todos os bastidores possuem portas metálicas, com fechaduras personalizadas e distintas para cada cliente.

A movimentação do pessoal autorizado é controlada ao longo do edifício em vários pontos de acesso. Os caminhos de acesso são programados especificamente para cada cliente. Os sistemas de vídeo CCTV dos edifícios cobrem todas estruturas de acesso, incluindo saídas de emergência.

Todos os edifícios dispõem de um serviço de vigilância permanente (24x7x365), realizado por pessoal credenciado. As portas exteriores possuem sensores de abertura, que activam alarmes de intrusão em função das tentativas de acesso não autorizadas.

Proximidade de contacto
O facto de um datacenter operar no território nacional significa também que o fornecedor e o cliente respeitam e seguem a mesma legislação, o que diminui o risco legal em comparação com o alojamento no estrangeiro, sujeito a leis e regulamentação distinta, e nos quais a resolução de conflitos poderá ser mais problemática e demorada.
E por fim as vantagens de um contacto próximo e muitas vezes personalizado é uma conveniência a não descurar. Desde a fase comercial até ao suporte técnico, a possibilidade de ter interlocutores locais com quem dialogar facilita imensamente a gestão dos serviços por parte dos clientes, diminuindo o custo operacional dos mesmos.

Características essenciais na escolha do datacenter:

  • Localização
  • Ligações a backbones internacionais e pontos de peering
  • Monitorização e gestão continua
  • Condições ótimas de espaço incluindo sistema de climatização com elementos redundantes
  • Múltiplas opções de fornecimento de eletricidade protegida
  • Sistema de detecção e controlo de incêndios
  • Controlo de acesso incluindo sistemas de CCTV, vigilância do perímetro
  • Certificações e cumprimento de standards como TIA-942 e BICSI (Building Industry Consulting Service International)
  • Suporte técnico especializado
  • Service Level Agreement (SLA) com níveis de serviço garantidos