António Miguel Ferreira fala sobre o mercado e o futuro da Claranet à Revista Exame

Segurança, cloud, negócios e futuras aquisições. Estes foram alguns dos temas abordados por António Miguel Ferreira, Managing Director Iberia and Latin America da Claranet, na entrevista à edição de junho da revista Exame.

De acordo com o executivo, as grandes empresas estão despertas para a necessidade de investir em cibersegurança, e entendem o forte impacto que um potencial ataque pode ter nos seus negócios, mas o mesmo não acontece com as PMEs nacionais: "As pequenas e médias empresas ainda olham para a cibersegurança numa ótica de custo, e não de investimento. As compras na área de tecnologias de informação (TI) têm de sair dos departamentos financeiros e passar para as áreas de negócio porque são cada vez mais críticas para o negócio."

Todos os dias são detetadas novas ameaças e vulnerabilidades e as empresas têm de estar preparadas para isso.

Qualquer hacker amador tem um manancial de informações sobre as vulnerabilidades das empresas",

mas a maioria dos ataques acontece dentro das empresas. “O elo mais fraco no sistema de segurança das empresas são as pessoas”, lembra António Miguel Ferreira, razão pela qual todas as análises de vulnerabilidades têm de contemplar a segurança externa e interna. O serviço de penetration testing da Claranet “disponibiliza uma equipa de especialistas que se especializaram em conhecer as debilidades dos sistemas e aplicações, mas numa ótica construtiva”. No final, o cliente recebe um relatório com as falhas detetadas.

Apesar de Portugal ser um mercado muito sensível ao preço, em particular o setor público, António Miguel Ferreira, considera que “temos um dos Estados mais avançados do ponto de vista da digitalização”, falta apenas cultivar “uma cultura de externalização de serviços”. A maioria das empresas nacionais ainda prefere investir em infraestruturas próprias, em vez de alugar capacidade em servidores de terceiros.

“Não há nenhuma razão para que as infraestruturas de uma empresa sejam mais seguras do que a cloud”, sublinhou o managing director, até porque “os fornecedores da cloud estão muito mais bem preparados do que as empresas, com equipas maiores e mais conhecedoras”.

Em termos de estratégia internacional o objetivo é continuar a crescer através do reforço da oferta, da aquisição de empresas em áreas específicas, da entrada em novos mercados na América Latina, e da contratação de talento. A Claranet tem atualmente 600 funcionários e prevê aumentar novamente a sua equipa este ano.

In Exame, Junho 2019